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O governador de SP, Geraldo Alckmin, lançou seu antecessor, José Serra, para a presidência do ITV (Instituto Teotônio Vilela), ligado ao PSDB. Seria uma forma de acomodar Serra no comando do partido e encerrar a crise entre duas alas internas.
A iniciativa foi mal recebida pelo grupo do presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), e do senador Aécio Neves (MG), que também resistem em abrir espaço para os serristas no segundo posto de comando, a secretaria-geral, ocupada pelo aecista Rodrigo de Castro (MG).
Se Guerra e Aécio levarem adiante o veto a Serra e a recusa em partilhar os cargos na Executiva, a convenção para a escolha do comando do PSDB pode descambar para uma briga judicial.
O deputado Jutahy Júnior tem em mãos um parecer de um advogado que diz que, de acordo com o artigo 23 do estatuto do PSDB, Guerra não poderia ser reconduzido para um novo mandato na presidência do partido.
O parágrafo 5º do dispositivo limita a quatro anos consecutivos o mandato de um presidente. Guerra, eleito pela primeira vez em 2007, teve a permanência prorrogada por duas vezes e, neste ano, completou os quatro anos.
Se não houver acordo para que Serra comande o ITV e um aliado do ex-governador de São Paulo vá para a secretaria-geral, Jutahy pode impetrar um mandado de segurança na Justiça contra a recondução de Sérgio Guerra, o que tornaria explícita uma disputa hoje velada no PSDB.
Serra e Alckmin foram juntos ontem a Brasília. O governador participou de reuniões no governo federal e o ex-presidenciável se encontrou com parlamentares tucanos.
A sugestão para que Serra fosse para o ITV já surgiu anteriormente. A diferença agora é que a candidatura foi lançada por Alckmin -o que mostra alinhamento dos paulistas na disputa interna e afastamento do governador da dupla Guerra-Aécio.
Alckmin, assim como Serra, não quer que a escolha do comando do PSDB seja uma “antecipação de 2014”, e deseja que todos sejam contemplados na cúpula tucana.
O senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos principais aliados de Serra, esteve com Sérgio Guerra para tentar negociar uma divisão equânime dos espaços. O deputado se mostrou reticente.
Rodrigo de Castro, que os serristas querem defenestrar da secretaria-geral, disse a deputados que só sai do posto “no voto”, numa demonstração de que não há ambiente nenhum para acordo.
Mesmo a ideia de um conselho político, apresentada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, como uma tentativa de conciliação, não agrada o grupo de Serra.

{{não acredite em mim – folha de São Paulo}}
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