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O metrô de São Paulo anda exibindo uma homenagem ao aniversário do Golpe Militar de 64. Exatamente, não escolhi as palavras erradas, não foi um vídeo em lembrança do golpe, com intuito histórico, é uma homenagem… Não acredita em mim? Nem é para acreditar… assista {{tem menos de 20 segundos e não tem som…}}:
http://www.youtube.com/watch?v=LuAxsA0fcsU
Repare no desenrolar das imagens… São quadros…

Ou seja, contextualização é coisa do passado. A questão é que o Jânio Quadros se aproximou ao comunismo {{ninguém ia querer criancinhas sendo comidas por aí, né?!}}, depois ele renuncia, chega o Jango, uma crise e os militares assumem o poder… 

Batuta, os milicos vieram para solucionar uma crise econômica e social!!!

E eu achando que tinha sido algo ruim esse tal de golpe de 64…Não, não dá para brincar com isso.

Caso você, como eu, tenha nascido depois do golpe, serei didático, ok?! O golpe de 64 foi mais parecido com este tipo de imagens:

Esse aí é o Vladimir Herzog exercendo sua liberdade de expressão
Caso seja você um leitor bem informado permita-me lembrá-lo {{caso não seja apenas leia e passe a ser informado}} quem foi Vladimir Herzog….

Vlado Herzog (Osijek, 27 de junho de 1937 — São Paulo, 25 de outubro de 1975) foi um jornalista, professor e dramaturgo nascido na Croácia (à época ainda parte do Reino da Iugoslávia), mas naturalizado brasileiro. Vladimir também tinha paixão pela fotografia, atividade que exercia por conta de seus projetos com o cinema.Passou a assinar “Vladimir” por considerar seu nome muito exótico nos trópicos.
Vladimir tornou-se famoso pelas consequências que teve de assumir devido suas conexões com a luta comunista contra a ditadura militar, autodenominada movimento de resistência contra o regime do Brasil, e também pela sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro. Sua morte causou impacto na ditadura militar brasileira e na sociedade da época, marcando o início de um processo pela democratização do país.Segundo o jornalista Sérgio Gomes, Vladimir Herzog é um “símbolo da luta pela democracia, pela liberdade, pela justiça.”

Vladimir Herzog, como pode-se ler na folha de São Paulo da época, ele ‘foi suicidado’:
{{não acredite em mimnem neles…}}
O suicídio, pode ser descrito da seguinte forma:

No dia 25 de Outubro, Vladimir foi encontrado enforcado com a gravata de sua própria roupa

Claro que você pode dizer que foi isso mesmo… e depois esperar o papai noel chegar, em plena páscoa.
Vladimir Herzog é apenas um dos milhares de exemplos que podem ser encontrados… eu, particularmente soube da ditadura pelo relato de minha mãe, que foi torturada. Ela não tinha nenhuma convicção política à época. Hoje é de esquerda, radical.
O fato, polvilhos, é que quando o metrô de São Paulo resolve tratar desta questão da ditadura não pode dar nenhuma margem a interpretações diferentes da realidade. É de um passado recente que estamos falando. Nossa presidentA, foi torturada por este regime. E, por mais que o vídeo em questão seja ‘apenas’ a 1ª parte de três, o vídeo em questão é o único que trata das razões pelo golpe…
Qualquer busca menos idiota pela internet encontrará alguma ligação com os Estados Unidos, que sequer foram citados no metrô.

De boas intenções o inferno está cheio

 



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Lembra do ditado? Pois é. Quando você resolve tratar da ditadura, simplesmente não dá para tentar alguma contextualização em menos de 20 segundos como o caso foi tratado pelo metrô. O desrespeito aí não é apenas com a presidentA da nação ou com a minha mãe. É um desrespeito histórico. Um desrespeito ético e moral.
É justamente a visão de que ‘os militares tomaram o poder para resolver uma crise’ que leva o Bolsonaro a elogiar a ditadura. É justamente a falta de educação das pessoas que leva um golpe militar a ser incentivado.
É inaceitável. Fim.
Ah, sim, hoje, dia 1º de abril, é dia da mentira e foi o 1º dia de golpe militar no Brasil, 47 anos atrás.
Quisera eu que fosse uma piada…
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