“Pessoas precisam de histórias mais do que de pão propriamente dito. Histórias dizem-nos como viver e porquê.”
As Mil e Uma Noites
A palavra CONTEÚDO é muito genérica. Segundo o dicionário, conteúdo é aquilo de que algo é formado. Um livro é formado de palavras. Portanto, as palavras do livro formam o seu conteúdo. O conteúdo de um site são os textos, vídeos e fotos que ele contém. O conteúdo da televisão é formado por seus diversos programas.
Oferecer conteúdo diferenciado, interessante, bem produzido, é um desafio para todos que trabalham com mídia. Hoje as opções são infinitas e diversificadas. Quem bobear perde audiência, patrocinadores e morre.
Existem profissionais especializados em produzir conteúdo para clientes das mais diferentes áreas, personalizado e com alto grau de qualidade técnica e artística. Não basta sem bom. Tem de ser bom, bonito e prender a atenção. A publicidade sabe disso e há anos faz ações de merchandising em filmes de maneira criativa e eficiente.
Na TV a cabo uma lei impulsionou enormemente a busca por conteúdo e expôs as mazelas do mercado nacional de televisão. No final de 2013 todos os canais brasileiros de séries, filmes, documentários e animação de TV por assinatura foram obrigados a ter em sua grade de programação pelo menos 3h30 por semana de conteúdo nacional e de produção independente em horário nobre (período das 18h às 24h nos canais abertos e fechados convencionais e das 11h às 14h e das 17h às 21h nos canais para crianças e adolescentes).
Com isso, abriu-se um mercado enorme para roteiristas, diretores, técnicos, atores, músicos, produtores e demais profissionais que participam dessa cadeia criativa. Mas haviam profissionais suficientes para esta missão disponíveis no mercado, seja em quantidade quanto em qualidade suficiente? As produtoras tinham projetos para preencher a grade de tantos canais com conteúdo nacional?
Se você é da área (ou gostaria de ser) e imagina que deve haver um oceano de dificuldades para colocar na roda seus projetos e ideias, saiba que você está certo. Mas sempre há saídas. E mais importante que qualquer esperança vaga, há o real interesse do mercado em encontrar bons profissionais e projetos com potencial.
Para quem escreve existem dezenas de oportunidades em aberto. Recentemente o Ministério da Cultura divulgou a intenção de lançar um curso superior de roteiro, para formar com método e capricho os profissionais que vão preencher as vagas abertas pela lei. A NET, maior operadora de TV a cabo do mercado brasileiro, recentemente organizou o concurso de roteiros NETLAB TV, feito para descobrir bons projetos de ficção e não-ficção para TV.
Diversas produtores montaram esquemas para recebimento de projetos de diretores e roteiristas dos mais diversos cantos do país. Reclamam muito do nível dos projetos, é verdade. Dizem que falta experiência e noção de mercado. Mas estão se mexendo, buscando o novo.
Desde o advento da Lei Rouanet (Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal), diversas leis de incentivo surgiram país afora, tanto em nível estadual quanto municipal. No estado de São Paulo, o ProAc apoia centenas de projetos em todas as áreas da cultura anualmente. Uma produtora com CNPJ ativo e dois anos de mercado pode inscrever projetos e captar patrocínios no mercado via renúncia fiscal. Essas leis democratizaram o acesso às verbas culturais. Somadas à iniciativas como a Lei da TV Paga, estão transformando o panorama do audiovisual brasileiro.
O cinema nacional ainda não tem uma lei que aumente de verdade sua visibilidade nas salas de exibição, mas pode se beneficiar indiretamente do crescimento do mercado de televisão, já que os profissionais terão mais campo de trabalho e muito mais experiência para dedicarem-se à demorada empreitada que é fazer a sétima arte caminhar. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), recentemente anunciou que ele tem a intenção de criar 50 cinemas municipais . Já é um grande começo!
O conteúdo é o produto mais procurado do momento. Recheie sua vida com conteúdo de qualidade. Este é o primeiro passo para que você seja um profissional desejado pelo mercado.
