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Por dentro da Veja : matérias pagas?!

Na verdade faz sim, todo sentido. Mas vamos ao começo.

A Revista Veja nasceu em 1968, através de dois importantes jornalistas brasileiros: Victor Civita e Mino Carta. Hoje, Roberto Civita tem parte da revista e Mino Carta criou a sua Carta Capital.

Sua primeira capa, foi a seguinte:



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Primeira capa da revista Veja

Por dentro da Veja: do início

 

De lá para cá não foram poucas as mudanças. Mino Carta deixou a revista após um episódio, no mínimo, controvérso:

“No começo de 1975 deu entrada na Caixa um pedido de financiamento que equivalia a 50 milhões de dólares, para consolidação de várias dívidas, em grande parte em moeda estrangeira. O pedido foi analisado pelo pessoal competente, recebeu parecer positivo e foi aprovado pela diretoria. Mas faltava a aprovação do governo. E Armando Falcão, ministro da Justiça e guardião dos “valores revolucionários” vetou o financiamento com argumento de que Veja, o carro-chefe das publicações do grupo Abril, e que tinha como diretor Mino Carta, era sistematicamente antigoverno. (…) Eu tentei, no meio da discussão convencer o general Golbery a assumir o controle da situação e convencer o presidente a vetar o veto do ministro da Justiça. Mas foi em vão. O empréstimo só foi aprovado quando Mino Carta deixou a Veja no começo de 1976

{{clique para aumentar e ler com maior conforto}}

 

A primeira matéria que trouxe problemas com a credibilidade da revista deu-se em Abril de 1983 com a publicação de uma {{obviamente}} fantasiosa notícia a respeito da criação de um “Boimate” {{que nada mais é do que a junção de boi com tomate}}:

A credibilidade da revista sofreu queda, mas ainda esteve {{está?!}} em alta, mesmo após absurdos como a capa expondo Cazuza, em 1989:

Por dentro da Veja: Notícia ou Exposição gratuita?!

 

Atualmente o Grupo Abril, dono da Revista Veja, não é 100% da família Civita, e aí começam as confusões. Em meados de 2004 o Grupo contratou um italiano, de nome Maurizio Mauro, para ajudar a sanar algumas das dívidas do grupo.

Maurizio Mauro. O Sr. Maurizio é membro efetivo e independente do Conselho de Administração da Companhia desde julho de 2006. O Sr. Maurizio foi presidente executivo da Editora Abril S.A. (Grupo Abril) (setor de mídia) de 2001 a 2006.

{{não acredite em mim}}

Em 2006 o italiano teve a brilhante ideia de abrir o capital da revista. Isso significaria a exigência de ações e, consequentemente, a prestação de contas para acionistas minoritários. Basicamente é o que toda empresa com ações na Bolsa de Valores precisa ter: Responsabilidade com os acionistas.

Mas a ideia parece não ter agradado à família Civita, que preferiu fechar um acordo com o grupo Nasper. As informações não são escondidas, mas divulgadas pelo próprio grupo, como podemos ler em:

O Grupo Abril, que edita VEJA, tem desde a sexta-feira passada um novo sócio, o grupo sul-africano Naspers, empresa com quase um século de tradição (…) na compra de 30% do capital da Abril, no que se tornou sua maior injeção de dinheiro realizada no exterior.

{{não acredite em mim}}

O problema de uma empresa Sul-Africana com quase um século de tradição é que a empresa passa a ter vivido anos de Apartheid. E sobre o grupo ocorre o seguinte:

A Naspers tem sua origem em 1915, quando surgiu com o nome de Nasionale Pers, um grupo nacionalista africâner (a denominação dos sul-africanos de origem holandesa, também conhecidos como bôeres, que foram derrotados pela Grã-Bretanha na guerra que terminou em 1902).

{{não acredite em mim}}

E qual o problema de um grupo de origem no Apartheid ter 30% das ações da revista Veja?! A credibilidade de matérias como:

Por dentro da Veja: E a credibilidade?

 

Ainda que fosse pouco, pairam suspeitas de que o tal grupo Nasper tenha comprado não 30% mas mais de 50% do controle acionário do Grupo Abril, houve, inclusive, uma denúncia na justiça:

Por dentro da Veja: Nasper a comprou?!

Além desta, outras acusações foram jogadas à revista, a respeito de matérias vendidas sob interesses escusos. Este blog não tem a intenção de acusar, mas apenas demonstrar algumas das suspeitas que pairam a publicação semanal, motivo pelo qual elaborou o seguinte vídeo:

O leitor é esperto e tem maturidade para concluir aquilo que bem entender.

Ps: Todas as capas e matérias da Revista Veja estão disponíveis gratuitamente no próprio site da revista {{não acredite em mim}} e podem ser conferidas por todo e qualquer leitor desconfiado.

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