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A facção Veja da editora Abril resolveu seguir a tendência mundial e ir para o tudo ou nada, quando o assunto é venda de exemplares. Como se sabe, na Inglaterra o Jornal News of the World acabou falindo depois de descobertas escutas ilegais em diversas celebridades, lá, como cá, o intuito era conseguir capas que rendessem boas vendas.

Lá os editores do News of the World tentaram se redimir de culpa, apontando como únicos culpados os jornalistas {{não acredite em mim}}

Na Venezuela uma emissora de televisão {{que não teve sua concessão renovada}} chegou a planejar um golpe de Estado e esconder armas em sua redação {{não acredite em mim}}.

Pois, amigas e amigos, a facção da editora Abril responsável pela tentativa de revista semanal conhecida como Veja, resolveu que ia seguir o mesmo trajeto das duas, na ânsia de conseguir aumentar suas vendas ou fechar de vez, o que viesse primeiro.



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Sempre democrática, a tal facção se destacou por capas como:

Há quem diga que se houvesse uma edição da revista em maio de 1988 ela seria assim:

 

Mas, seu Caipira, por que raios você está dizendo tudo isso? Ingênua leitora e infanto leitor, apresento-vos {{ó, que chique!}} a capa desta semana da tal facção :

 

A tese segue sendo a mesma: Dirceu é um grande chefe criminoso, líder traficante das Farc, futuro chefe do PCC, etc. Pois bem, partindo desse princípio {{e sem absolutamente nenhum crime provado}} a tal edição acusa José Dirceu de… se encontrar com políticos.  Sim, o crime foi esse. José Dirceu se encontrou com políticos da base aliada e da oposição.

Puxa vida, que novidade. A grande novidade, de fato, foi o modo espertão de ser que a revista utilizou para conseguir as tais informações.  Para mostrar que José Dirceu, que a revista chama de chefão do PT, quer derrubar a Dilma, que a revista esquece que é do PT {{ou acreditou na folha…}},  a revista instalou uma câmera {{ou roubou imagens do hotel, prática igualmente criminosa}} no hotel onde Dirceu se hospedou.

A revista nunca foi um modelo de credibilidade, mas tenta provar que Palocci caiu por conta de Dirceu {{metade dos petistas acharia um ponto positivo para Dirceu, este fato}}, mas como prova o próprio Zé em seu blog:

Uma rápida pesquisa no noticiário mostra que a reunião da bancada a que a matéria se refere ocorreu antes de meu encontro com os senadores. Às 15h30, os sites de notícia já divulgavam o resultado do encontro. Minha reunião, segundo a própria Veja, ocorreu às 15h52 e durou mais de 50 minutos.

{{não acredite em mim}}

O repórter  Gustavo Nogueira Ribeiro, espertalhão, tentou invadir o apartamento onde estava Dirceu, e saiu do hotel sem pagar a diária. Além disso, segundo uma conversa com pessoas próximas à Dirceu {{que não posso revelar aqui, mas que você também não precisa acreditar se achar que não deve}} existe uma suspeita de que o filho de Zé Dirceu, Zeca, esteve com o telefone grampeado pela revista.

O jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades.

{{não acredite em mimnem na facção}}

O próprio dono do hotel confirma a tentativa de invasão do repórter:

Rogério Tonatto — Não temos a menor ideia.  Sabemos que um repórter esteve lá, que tentou invadir um dos apartamentos. Prontamente nosso staff não deixou. É um staff bem preparado, conseguiu detectar a tentativa de invasão. Demos queixa na polícia. Enfim, tomamos todas as medidas que tem de ser adotadas nessas circunstâncias.

{{não acredite em mim}}

O fato, pessoas, é que tanto faz a opinião que cada um tem a respeito de Dirceu. Conversar com políticos não é crime, especialmente se são políticos da base aliada e da oposição. Fato é que o crime foi cometido pela revista. Um hotel e seus corredores fazem parte da vida privada, as imagens de segurança de qualquer hotel não são e nunca serão públicas. E tentar invadir o quarto onde se hospedou qualquer pessoa é crime.

Crime que a tal facção admite em sua edição semanal. Falta o quê para ser punida?!

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