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Semanas e semanas de divulgação. Spot em rádio, anúncio em jornal, panfletos e até colador de lambes contratados. E tudo que se viu na rua foi um gigante ato contra a política. Quem será o novo líder?

 

No último domingo o Brasil assistiu a atos e mais atos “pedindo a saída da Presidenta Dilma”, ou é isso que vão te dizer os donos das grandes empresas de jornalismo {{não acredite em mim – folha}}. Mas o ato não foi só isso.

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Antes, porém, é preciso dizer algumas coisas. O blog acompanhou, na madrugada de sábado para domingo, a ação de um grupo que foi à Paulista colar lambes e deixar exposto seu apoio a Lula e Dilma.



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Durante a ação o grupo foi interpelado por três homens que estavam colando lambes que chamavam ao ato. Os três estavam indignados pois seu trabalho estava sendo “atropelado”, ouça o áudio:

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Fato é que houve um grande investimento por parte dos partidos da oposição, em especial o PSDB, para chamar as manifestações.  Foram carros de som pelo centro de São Paulo {{e muitas outras cidades}} anúncios na grande imprensa disfarçados de matérias e por aí vamos.

Resultado é que uma megalomania tomou conta das pessoas em geral. Os manifestantes afirmaram que havia 3 milhões de pessoas na avenida Paulista; coisa que não seria possível nem se as pessoas fossem todas chinesas e circenses e se amontoassem uns sobre os outros. A avenida Paulista, lotada e sem caminhões ou pixulecos, comporta cerca de 650 mil pessoas {{não acredite em mim – Época}}. A GloboNews foi além, disse que a PM disse {{sim, eles funcionam na base da fofoca mesmo}} que passaram BILHÕES pela avenida Paulista, o que motivou um certo ídolo desse blog a fazer uma contagem pessoal e intransferível de pessoas nas manifestações domincais:

Na verdade a PM disse que na Paulista havia 1,4 milhões {{de chineses}} de pessoas, fato impossível, como a matemática prova.

Mas o número final é irrelevante, fato é que a Paulista estava absolutamente lotada, comprovando-se que o investimento valeu a pena. Quer dizer, para lotar a Paulista valeu a pena. Porque para o Aécio e o Alckmin…

Marta foi outra que não se deu lá muito bem…

 Capturar

{{não acredite em mim – IG}}

Mudou? – já diria um ex-senador, que é o mais esperto dos políticos de oposição e já fechou com o PMDB para 2018 {{fontes não declaradas deste blog afirmaram isso}}, mantendo-se à sombra, característica própria dos  vampiros.

Fato é que o único político mais ou menos aceito no Walking Dead Parade de domingo foi Bolsonaro, o Mito. Um representante político tão irrelevante quanto preocupante.

Tatiana Oliveira no Democratize, demonstrou com clareza a incompetência das lideranças da oposição em capitalizar politicamente os protestos “anti PeTe” {{não acredite em mim – Democratize}}.

capa

{{Foto: Felipe Malavasi / Democratize}}

 O discurso do “Brasil não pertence a partidos, pertence à nós brasileiros” parte do princípio tão comum quanto equivocado de que os Partidos não são compostos pela população. Não é um discurso novo.

{{Foto: Wesley Passos / Democratize}}

{{Foto: Wesley Passos / Democratize}}

A ideia de que os partidos não são representantes da população e, por óbvio, devem ser abandonados, traz em si uma outra ideia. A de que pessoas devem reger as próprias vidas. E na medida em que é impossível que todas as pessoas governem juntas, é preciso escolher uma única pessoa.

A linha de raciocínio básica é essa, a de que um {{ou uma, mas em geral um, no masculino mesmo}} salvador da pátria é capaz de expurgar os males todos da civilização {{ou de um país}} já foi muito explorada na história da humanidade.

No caso do Brasil, conforme a análise da Tatiana Oliveira, já foi Joaquim Barbosa. Hoje é Moro. Amanhã, não se engane, será outro.

{{grife cria camiseta em 'homenagem' à Sérgio Moro}}

{{grife cria camiseta em ‘homenagem’ à Sérgio Moro}}

Isso porque, ao contrário de décadas atrás, quando o fascismo e o nazismo se proliferaram –  ou, caso prefira, quando a ditadura ganhou corpo aqui mesmo no Brasil –  temos ainda as instituições funcionando. Claro que há abusos daqui e acolá, seja Cunha, seja Dilma ou seja Moro {{ou ainda o STF}}, mas na essência, continuam funcionando.

Não deixa de ser menos preocupante. A gana por um salvador da pátria, na busca por um Mussolini moderno, levou a Itália a conviver por quase 20 anos com a corrupção de Silvio Berlusconi de 1994 a 1995, depois de 2001 a 2006 e, finalmente de 2008 a 2011.

A escalada dele começou logo depois de uma operação policial. Não se surpreenda, caso nossa Lava Jato traga ao poder um José Erra. Fechado com o PMDB para 2018 ele só aparece em causa ganha {{estava com “dores na coluna” e por isso não foi aos protestos de domingo; ou foi isso que ele alegou}} e está apenas observando.

fascismo não é um risco real à nossa democracia. Mas a busca sem limites por heróis e vilões podem levar a danos que são também bastante perigosos

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