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A noite do último domingo, 8 de julho, foi também a noite de um circo jurídico. Lula livre, Lula preso, Lula Livre de novo e, por fim, Lula preso. Uma série de fatos atípicos e completamente bizarros tomaram conta do judiciário nacional, deixando mais óbvio do que nunca que Lula não tem o tratamento de um acusado ‘normal’.

Enquanto no Brasil a Globo News se esforçava para ressaltar a parcialidade de Rogério Favreto – que foi, 20 anos atrás, filiado ao PT – e ignorava completamente o fato de que há um Habeas Corpus do mesmo Lula sendo relatado por nada mais nada menos que Alexandre de Moraes, que foi filiado ao PSDB até assumir o cargo no STF; no mundo o que se noticiava era o circo que virou o processo judicial de um ex-Presidente cujas aprovações são históricas.

Por aqui o UOL noticia que “jurista vê quadro ‘surreal’ e quebra de hierarquia de Moro e desembargador” {{não acredite em mim – UOL}}. O Le Monde {{não acredite em mim – Le Monde}}, por sua vez, preferiu destacar o circo que virou a justiça nacional. Ele destaca o ar “furioso” de Sérgio Moro, juiz que não tinha nenhuma jurisprudência no caso e, como se fosse pouco, estava em férias.



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Politização da Justiça e Lula Livre / Lula Preso

“Além de encher o campo dos anti-Lula e oprimir seus adversários, o evento oferecia o espetáculo de uma justiça desorientada e cada vez mais desacreditada.”

É o que afirma o Le Monde, que destaca a afirmação de Augusto Botelho, afirmando que “O pedido de Habeas Corpus era falho, mas a reação de Moro é completamente ilegal”.

O que fica cada dia mais nítido é que o impeachment/golpe que tirou Dilma do poder levou a justiça a se afastar cada dia mais de uma imagem de imparcialidade que, ao menos na classe média, nunca teve opiniões muito contundentes em contrário.

Para este ImprenÇa, independente das opiniões sobre Lula ser ou não inocente, o que fica claro é que antes das eleições deste ano, não há a menor possibilidade de Lula ficar Livre ou ter qualquer tratamento imparcial.  Lula é culpado até que as eleições ocorram. Depois, a justiça, quem sabe, volta a julgar.

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