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Em reunião com companheiros e militantes políticos o ex-ministro apresentou seu livro “Zé Dirceu. Memórias volume 1” e fez uma fala a respeito dos destinos do país. Passavam um pouco das  9 horas da manhã quando José Dirceu chegou à casa de uma antiga companheira de luta, em perdizes, para lançar seu livro. A reunião, marcada no início da semana juntava antigos quadros da militância de esquerda no país e, claro, algumas figuras conhecidas do Partido dos Trabalhadores. Bem-humorado e sorridente, Zé Dirceu, foi recebido com abraços amistosos e sorrisos de quem acompanhou boa parte de sua luta, contra a ditadura e mais recentemente, contra o que o PT tem chamado de poder político sem voto, o judiciário.
Um café da manhã, bancado pelos próprios presentes {{cada participante teve de contribuir com um valor fixo}}, muita conversa sobre política e um clima amistoso davam ao local um ar de reunião partidária dos anos 90, antes do partido ter dinheiro para pomposas reuniões em hotéis 5 estrelas. Antes que José Dirceu fizesse sua fala, no entanto, Suplicy pediu para falar pois teria um compromisso de campanha na zona leste e precisaria ir embora mais cedo. O ex-senador falou, claro, do projeto Renda Mínima, quase um mantra repetido por Suplicy há 24 anos e relembrou momentos de sua vida política. Em seguida Zé Dirceu fez a sua fala. Iniciou no que chamou de resumo da situação política do país, que você assiste no vídeo abaixo:
Eu sempre digo: não houve a força militar porque nós não resistimos. Se nós tivéssemos resistido vocês não tenham dúvidas do que aconteceria.
E passou a falar da disputa eleitoral em jogo este ano. “Se nós queremos governar, nós precisamos ter força popular. Porque nós não temos poder econômico, nós não temos poder de informação. O poder político está com eles, né? Judiciário hoje é o poder dos poderes. Então quem quiser governar o país vai precisar de muito apoio popular. Em seguida ele passa a elencar as consequências do que chamou de ‘poder dos poderes’, o judiciário.
 Nós fomos cuspidos, nossa bandeira rasgada, a esquerda estigmatizada. E agora? Agora o povo começou a dar a resposta. E você vai me perguntar: nas urnas? Sim, foi assim que o povo começou a fazer a luta contra a ditadura em 74
Depois passou a contar sobre como tem viajado o país e conversado com as pessoas. afirmou ter se surpreendido com as manifestações de apoio. “Mas não sou eu, é o Lula. Nós fizemos muita merda, mas nós mudamos para melhor a vida desse povo”. Sobre a estrutura partidária, Dirceu afirmou que, embora não vá fazer a luta interna dentro do PT, a burocracia e a forma como o partido está estruturado precisa mudar. “E vai mudar”, afirmou confiante. Zé Dirceu também contou que escreveu o livro no período em que estava preso. “As visitas são de sexta-feira, então o sábado e o domingo são um pouco depressivos. Nós brincávamos que era uma ‘depressão pós-visita’, então começamos a organizar almoços coletivos, para amenizar isso. E eu resolvi que ia escrever nesses dias”. O livro traz ao final, um fac-símile das páginas escritas por ele, numa folha de caderno. As memórias estão dividas em dois volumes, segundo o ex-ministro porque a segunda parte poderia ser utilizada como arma da direita nas eleições deste ano.
“Então eu preferi lançar agora só o volume 1, que vai até 2007, 2008. E depois eu lanço o segundo”.
Serviço Livro: Zé Dirceu – Memórias volume 1 Quanto: de 50 a 60 reais Onde: Livrarias online
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