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Enquanto a mídia tenta abafar o escândalo da máfia das merendas, o governador Alckmin segue impávido colosso. Mas o escândalo não começou hoje e tem envolvimento até do antigo secretário de segurança pública do Estado de São Paulo

 

O que está sendo dito hoje, sobre a máfia das merendas, todos estão sabendo, até o Jornal Nacional deu a notícia:

Acontece que este blog é chato e não aceita assim… informações pela metade… E como temos uma certa memória, fomos até o fundo do poço tucano. Que começou em 2000.

Sempre que uma nova denúncia de corrupção no governo paulista vem à tona, o governador Mário Covas (PSDB) fica agressivo e esbraveja ser um político de honestidade inquestionável. Não é bem assim. O número de inquéritos no Ministério Público (MP) e de ações na Justiça mostra que a gestão do governador merece ser vista com olhos de lince. Apenas com relação à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), à Companhia de Seguros Gerais do Estado de São Paulo (Cosesp) e aos negócios do governo com as empresas De Nadai Alimentação e Tejofran — ambas de amigos do governador – existem 143 inquéritos no MP. Na Justiça, tramitam 27 ações por improbidade administrativa. Essas ações contêm um suposto prejuízo de aproximadamente R$ 436 milhões. Um superfaturamento equivalente a 2,5 vezes a falcatrua do prédio do TRT do foragido juiz Lalau.

{{Os grifos são do blog – não acredite em mim – Isto É}}



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Pois bem, eis que estamos em 2 de agosto de 2000, e a capa da Isto É fala de ligações perigosas, ainda sem provas {{do que depois ficaria óbvio}} da máfia das merendas. Ano 2000, amigux@s, o governador era Covas e o vice… ele mesmo! O governador Bond Bico!

Pois gravem esse nome: De Nadai Alimentação. Até os anos 2000, ele entregava refeições para casas de detenção {{e você ainda acha que o PSDB quer reduzir a Maioridade Penal por conta de crime? Presídio é lucro, leia aqui.}}, conforme a mesma matéria da Isto É:

De Nadai Alimentação, empresa que fornece alimentação para os prisioneiros da Casa de Detenção de São Paulo e para internos da Febem. Nos últimos anos, a De Nadai pôde festejar como poucas o sucesso financeiro. Em 1994, quando Covas foi eleito, a empresa registrava um capital de R$ 197 mil. Em janeiro de 1998, o capital era de R$ 4 milhões. Nesse período, a De Nadai manteve inúmeros contratos sem licitação com o governo paulista.

O bonito mesmo é você encontrar coisas como essa aqui, olha só que bonito:

Máfia das Merendas

fiesp

João Dória Jr, segundo a reportagem da Isto É, costuma definir Sérgio De Nadai como “gente de bem”. Pois bem, como ele não nasceu de chocadeira e tem família, não é só “gente de bem”. Além da empresa denunciada pela máfia das merendas {{lembre-se estamos falando da atuação da máfia entre 2000 e 2011}}, um outro bródi com o mesmo sobrenome e, olha só que mundo injusto, no mesmo partido esteve, digamos, em maus lençóis…

 

Pois, para não ficar confuso, vamos ao que temos até aqui:

  • Isto É de 2000 relacionando Covas com máfia de merendas e com escândalo Lalau
  • FIESP premiando empresa mafiosa
  • João Dória Jr {{pré candidato que não ganhará ‘disputa’ interna tucana para prefeitura de São Paulo}} abraçando mafioso
  • Prefeito de Americana, com o mesmo sobrenome, cassado por criar cargos e distribuir dinheiro público com os colegas

 

Tá tranquilo ? Tá favorável ? Então vamos parar especificamente entre os anos de 2008 e 2009.

Para lembrar, o governador do Estado de São Paulo nessa época chamava-se José sErra. O prefeito era um tal de Gilberto Kassab. E o que houve ? Bem…

A reportagem confirmou os indícios de que duas empresas dessa trama seriam fantasmas: a Carsena Representação Comercial, que indica o endereço de uma igreja como seu escritório, e a CJM – Representação Comercial de Gêneros Alimentícios e Refeições Prontas, também registrada com endereço frio na Junta Comercial. Os promotores descobriram que a CJM havia mudado do endereço falso na Rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo, para outro lugar inexistente. Dessa vez, a sede ficava em Belo Horizonte.

{{não acredite em mim – Estadão}}

{{não acredite em mim - folha de SP}}

{{não acredite em mim – folha de SP}}

Mas, rapaz. Por que é que José Erra tinha tanta certeza de que não achariam nada? Bem, primeiro vamos esclarecer se foi achado ou não alguma coisa…

{{não acredite em mim - Estadão}}

{{não acredite em mim – Estadão}}

Na gestão Marta Suplicy foi iniciada a terceirização da merenda – 30% do total. O processo continuou nas gestões Serra e Kassab até chegar a 90%. Além de pagar propina sobre o faturamento ou um valor fixo mensal, as empresas são acusadas de servir merenda de má qualidade. O número de refeições seria inflado.

esquema-merendas

{{não acredite em mim – Estadão}}

É, parece que achou sim… Mas voltando à indagação do senhor José Erra. Por que a certeza de que nada encontrariam ?

Bem, o esquema funciona de maneira bem simples… Quem investigava a questão no ministério público à época? Era um tal sujeito, chamado… Fernando Grella Vieira {{não acredite em mim – G1}}!

E onde foi mesmo que você ouviu esse nome?

grella

{{não acredite em mim – Record News}}

Ah, mas isso acabou… Não vai mais ter esse tipo de coisa… o Grella não é mais secretário… Pois bem. O novo secretário, Alexandre de Moraes, também é promotor licenciado.

Como se fosse pouco, Marco Vinicio Petreluzzi e Saulo de Castro Abreu Filho, da mesma secretaria, também vieram do Ministério Público. Renato Nalini, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, é o atual secretário de educação do governador Bond Bico.

Por ser presidente da Assembléia, Fernando Capez só pode ser investigado pelo Procurador Geral do Estado, Márcio Elias Rosa, colega de profissão do próprio Capez e também colega de Alexandre de Moraes, secretário de segurança pública do estado e também membro do MP.

A assessora direta do Procurador Geral e nomeada para cargo de confiança por ele é a esposa de Fernando Capez, Valéria Palermo Capez . Valéria é responsável por receber as citações, notificações e intimações dirigidas ao Ministério Público e ao Procurador Geral.

E não é só. Em 2013, Geraldo Alckmin nomeou a mulher de Márcio, Carla Elias Rosa, para trabalhar na Casa Civil como assessora jurídica do governo.

{{não acredite em mim – Brasil 247}}

Então, meus queridos e queridas, tirem o cavalinho da chuva se acham que algo ocorrerá com o nosso governador-espião 00-171. Para ele a situação se resume com:

Feliz deve estar o marqueteiro de Haddad, com João Dória Jr e Marta Suplicy brincando até o pescoço de máfia da merenda… Resta saber se haverá repercussão.

Quer dizer, nós já sabemos, né?

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